quarta-feira, 28 de abril de 2010
Mariana e Júlio Cezar: Nova sensação da música sertaneja!
domingo, 25 de abril de 2010
RCEM e Dinâmica Cursos promovem Curso de Oratória
Reginaldo Rodrigues - A arte da estratégia 2
Foram diversas manifestações depois de “A arte da estratégia um”, onde mencionei o livro “A arte da Guerra”. Mais uma oportunidade para confirmar que são muitos os seguidores de Tzu. Sem dúvida a teoria do General, devidamente contextualizada, é realmente eficaz no mercado. Importante ressaltar que qualquer sucesso de vendas, passa antes de chegar ao consumidor, por um planejamento estratégico. Depois da pesquisa que fornece informações sobre o mercado, vem a fase da fabricação e posteriormente a promoção do produto, não sem antes de saber quanto o cliente se dispõe a pagar pelo bem de consumo. Neste processo percebemos claramente os 4 Ps do Marketing de Jerome McCarty e popularizado por Philip Kotler.
O fato do produto está de acordo com o desejo do mercado, não significa porém que terá aprovação total; isso é utopia. Por mais que, velhos bordões como “o cliente sempre tem razão” sejam cotidianamente proferidos por vendedores, gerentes, consultores e diretores, não podemos nos esquecer que o objetivo final de qualquer negócio é o lucro. Se não houver lucro não há negócio. A satisfação da maioria dos consumidores significa lucro para a empresa. Se uma minoria não gostar....
Falando em minoria, como fã dos Heróis dos quadrinhos, faço parte da turma que não gostou do filme O Homem Aranha 3, quando lançado. Lembrei-me novamente dia desses ao assistir pela TV. Por outro lado, como profissional da área, achei fantástica a estratégia mercadológica na ocasião. O público pediu mais humor e mais emoção e os produtores atenderam. O Duende Macabro salva o Aracnídeo juntamente com a namorada Mary Jane de um fim trágico. Um “Venon” pouco convincente, e um Homem Areia que quase se ajoelha aos pés do Herói no final, completam o cenário. Um verdadeiro dramalhão mexicano, totalmente infiel ao original.
Mas deixando a análise pessoal de lado, já que o que interessa é o lucro, a estratégia para a divulgação do filme seguiu uma linha bem diferente daquela utilizada nos filmes da série Harry Potter, por exemplo, mas tão eficaz quanto. Desde o início, os produtores do filme da Marvel disponibilizaram todas as informações para a mídia. Com um dos mais altos custos de uma produção cinematográfica, 258 milhões de dólares e estima-se que mais 100 milhões em promoção, com 15 dias de exibição já havia faturado mais de 650 milhões. Priorizou-se o lucro em detrimento da fidelidade da história. Quem é fã não gostou, mas... e daí? Já que o assunto é cinema, alguém duvida de Avatar dois depois do primeiro ter batido recorde de público e faturamento?
Outro case de estratégia interessante foi a tomada de liderança mundial no setor de automóveis pela Toyota. Após 73 anos em primeiro lugar a americana General Motors perdeu a dianteira. Como isso ocorreu? Através de muita calma, tranqüilidade, cuidado da nova líder, para lançamento de novos produtos. Há casos de modelos da montadora japonesa que demoraram 50 meses da prancheta ao mercado. Parece estranho em um mercado competitivo que exige decisões rápidas. “A lenta, mas mais coerente tartaruga causa menos perda e é muito mais desejável do que a lebre veloz que corre na frente e depois pára pra cochilar” diz o engenheiro e um dos principais executivos da empresa Taiichi Ohno, no livro O Modelo Toyota. Ele diz ainda que o diferencial da montadora está exatamente na paciência e atenção aos detalhes. Não nos esqueçamos que mesmo as líderes têm problemas apesar de toda a cautela nas ações. Nossa líder em questão tem enfrentado alguns recalls constrangedores pelo mundo afora.
O resultado do trabalho dessas “Tartarugas Ninjas” é uma empresa que fabrica e vende mais carros atualmente, e vale no mercado 219 bilhões de dólares, enquanto a GM vale 18 bilhões segundo a revista exame. Nunca se esquecendo que aquilo que realmente conta é a lucratividade, não existe nenhuma fórmula estratégica mágica. A análise de mercado através de pesquisa, mesmo que seja exploratória é preponderante para o sucesso do empreendimento. Kotler disse que a arte do marketing não é vender o que é produzido, e sim saber o que produzir. Duvida?
Prefeitura de Itaguara - RCEM cria Plano de Comunicação da conferência
Moleques do Morro - Projeto da Prefeitura de Itaguara
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Reginaldo Rodrigues - A arte da estratégia 1
Mas o livro do chinês que tinha como público alvo generais, chefes de estados e outros líderes militares, hoje é aplicado em todos os setores e segmentos onde existem adversários. O inimigo contemporâneo é o concorrente, àquele que pleiteia algo que alguém mais quer. Com a interdisciplinaridade, a Arte da Guerra é aplicada em várias áreas de atuação. Advogados conhecem, empresários utilizam, diretores praticam, gerentes contextualizam... dificilmente encontra-se um líder que nunca o tenha lido. Tornou-se um clássico. É a arte da estratégia. Terá mais sucesso quem for mais eficaz neste quesito. Diversos técnicos de futebol atribuem o êxito à aplicação dos conceitos da Arte da Guerra. Felipão, Parreira, Dunga e Luxemburgo são alguns dos nomes de líderes no futebol que trabalham com os conceitos de Tzu e às vezes até mencionam isto.
O conceito fundamental pregado pelo general chinês é de que nem sempre a luta direta é necessária para minar o adversário. É possível derrotar com simulações, enganando, induzindo ao erro e a atitudes precipitadas qualquer concorrente. Em se tratando de negócios e decisões mercadológicas, essa teoria encaixa como uma luva. Para o profissional do marketing é realmente interessante ser um estrategista já que a missão do marketing é encantar o cliente proporcionando satisfação e se preparar antecipando às ações do concorrente que disputa o mesmo cliente.
Quando o assunto é política, os profissionais dessa área não só dominam, como praticam entre si e contra o povo todas as estratégias possíveis para levar vantagem e enganar. Além da Arte da Guerra, os “representantes do povo” têm também um outro manual que é, “O príncipe” de Maquiavel, assunto para uma outra coluna. Uma campanha eleitoral é um verdadeiro campo de batalha e a aplicabilidade das dicas do general é testada e aprovada por unanimidade.
Mesmo depois que estão no poder, utilizam artifícios legais e ilegais, morais e imorais para se darem bem. Há algum tempo pudemos assistir, pelo menos os mais atentos, a um “show de estratégia” dos políticos de Brasília. Enquanto o povo ia para as ruas ou não saiam de frente da televisão para ver o papa passeando, falando, celebrando e canonizando, os líderes da nação aumentaram os seus salários em 28,5%.
Aproveitaram-se do encantamento das pessoas com a presença do líder católico no Brasil e reajustaram seus vencimentos. Estratégia perfeita. Quase ninguém percebeu. Ótima estratégia também da Igreja católica naquela ocasião. A vinda de um Papa ao país pode sim frear um pouco o crescimento dos Protestantes nas terras tupiniquins, se bem que com essa onda de denúncias de pedofilia dentro da instituição... Voltando ao tema salário, alguém sabe o percentual de aumento do mínimo? Ah ! Isso não interessa, agora nós temos um santo brasileiro, São Frei Galvão. Se algo faltar, pedimos a intervenção dele. Pode ser uma boa estratégia.