quarta-feira, 14 de outubro de 2009

MARKETING PESSOAL (PARTE 2): A IMPORTÂNCIA DO SABER FALAR


No texto anterior citamos um discurso do Vice Presidente José Alencar. Simples, interessante e a platéia atenta. Nos nossos Cursos de Oratória nos deparamos o tempo todo com pessoas que acreditam que falar bem significa “fazer um tour” pelo dicionário e usar palavras eruditas e rebuscadas num discurso, roda social ou de negócios. Engano total. O mais importante é conhecer bem o perfil do público para o qual irá falar. Em uma reunião de negócios o vocabulário é um, no barzinho com os amigos é outro totalmente diferente. Aqueles que não conseguem diferenciar esses momentos não são bem quistos, taxados de chatos e inconvenientes desmancham rapidamente os bate papos.


Certa vez perguntaram a um Pastor Americano como conseguia falar tão bem e ele respondeu o seguinte: “bem, primeiro eu falo o que vou dizer, depois eu digo e para encerrar eu digo o que disse”. O que ele fazia muito bem era estruturar as apresentações de maneira que tivessem começo, meio e fim. E um dos grandes diferenciais daquele homem era considerar que a maioria dos seus ouvintes eram pessoas humildes. Por isso usava vocábulo simples, de fácil acesso a todos e utilizava exemplos da própria comunidade para ilustrar suas pregações.


No mercado o cenário é exatamente o mesmo. Para sermos agradáveis não devemos destoar dos outros. Mesmo os altos executivos de uma empresa não irão querer ouvir falas complexas de negócios num evento social, numa festa por exemplo. Em uma de nossas palestras alguém perguntou: “mas e se for uma oportunidade única de falar com aquele Diretor? Não devo falar sobre meu currículo e manifestar meu desejo de trabalhar na empresa dele?” Não, não deve. Se for apresentado a ele entre no ritmo da conversa, para isso é interessante que esteja sempre bem informado, pois conseguirá desenvolver o assunto. Seja “gente boa”, alegre, extrovertido e certamente você será marcante. Depois de conquistar o seu espaço o assunto profissional poderá surgir naturalmente. Manifeste o interesse, mas de maneira sutil, passe um cartão seu e peça um dele dizendo que o procurará em um momento oportuno. Voltando ao tema da fala, nesses momentos todos estarão conversando informalmente e por isso mesmo não cabe nenhum “eruditismo”.


Importante ressaltar que falar de maneira simples não significa falar errado e sim utilizar palavras adequadas à situação. O mais importante é se fazer entender. Isso significa enviar códigos (mensagens) que possam ser (decodificados), ou seja, assimilados. Somente assim haverá o “feedback”. Já reparou que algumas pessoas fazem questão de conversar difícil? Preocupam-se muito mais em aparecer do que em passar a mensagem, e você já deve ter observado também a reação das outras pessoas diante dessas situações. Porém não se esqueça de alguns cuidados na hora de se manifestar, que são: concatenação das idéias, pensar no que vai dizer, boa dicção, colocar emoção nas palavras, evitar vícios de linguagem e não interromper a fala do interlocutor. Facilmente percebemos a bola fora. Se a pessoa voltar ao assunto do mesmo ponto em que parou quando você começou o seu, pode ter certeza que houve a interrupção.


*Autorizada a reprodução com citação do autor e fonte.

Um comentário:

  1. É, saber se comunicar bem é imprescindível não só na nossa área, mas para todos. Realmente, tem gente qe gosta de "florear" demais na hora dos discursos e no fim ninguém entende nada. Melhor é falar bem mas de maneira mais simples, de acordo com o público claro.
    Abraço

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